terça-feira, 2 de junho de 2015

PRF apreende caminhão com toras de araucária; motorista foi detido por crime ambiental

PRF apreende caminhão com toras de araucária; motorista foi detido por crime ambiental

Veículo transportava mais que o dobro do volume registrado na documentação; árvore está ameaçada de extinção
PRF apreende caminhão com toras de araucária; motorista foi detido por crime ambiental
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu neste sábado (30) em Curitiba (PR) um caminhão carregado com toras de araucária, árvore conhecida como pinheiro-do-paraná. Os documentos relativos à carga estavam em situação irregular.
Abordado no quilômetro 596 da BR 376, no Contorno Sul, o caminhão tinha parte da carga mais longa que a sua carroceria.
Desconfiados de que o veículo também estava com excesso de peso, os policiais rodoviários federais o levaram até uma balança, em Araucária. Lá, foram constatadas 16,5 toneladas acima do peso máximo permitido para o tipo de caminhão.
Além disso, os documentos fiscais e de origem florestal apontavam 12 metros cúbicos de toras de araucária. Mas a equipe da PRF estimou que o caminhão transportava pelo menos 27 metros cúbicos. Ou seja, mais que o dobro do que constava na documentação.
Detido por crime ambiental, o motorista, de 37 anos de idade, foi escoltado pela PRF até a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da Polícia Civil, no bairro Bacacheri, em Curitiba.
Extraída em Castro, a madeira seria levada a uma serraria no bairro Umbará, em Curitiba, onde se transformaria em tábuas e vigas para posterior revenda.
Na delegacia, foi aberto termo circunstanciado. O motorista foi ouvido e, na sequência, liberado. O caminhão permaneceu retido. Na segunda-feira (1º), o proprietário do veículo será intimado para prestar depoimento.
Espécie ameaçada de extinção, a araucária ocupava uma área original de aproximadamente 200 mil quilômetros quadrados no Brasil. Hoje, restam menos que 3% desse total.
A equipe da PRF emitiu ainda cinco autos relativos a infrações ao Código de Trânsito, por excesso de peso, tacógrafo não aferido, mau estado de conservação, transportar carga nas partes externas do veículo e falta de equipamento obrigatório.