Esta historinha nos foi contada pelo companheiro Theobald, que jura de mãos postas ser a mesma verdadeira e muito divulgada na época em que che fiava o antigo Núcleo 7/4 da PRF do Rio de Janeiro. Existia então um colega naquele núcleo que se achava
o cara mais bonito, mais gostoso e mais irresistível da paróquia. Em suas conversas, tinham amplo destaque as lindas mulheres, suas incontáveis conquistas e o seu inacreditável apetite sexual, capazes de causar inveja a qualquer Casanova, Barba Azul ou Don Juan.
Por todos esses "atributos", o cara recebera o apelido de Piranhudo, exatamente o oposto ao nome de sua ciumenta esposa, a simples e modesta Angélica.
Certa noite, no período pré-carnavalesco, Piranhudo
com seus modos autoritários determinou à Angélica que preparasse a sua fantasia de Zorro, pois estava a fim de arrebentar a boca do balão na batalha de confetes que se realizaria na sede do bloco "Me Engana Que eu Gosto".
Como diz o ditado, manda quem pode e obedece quem tem juízo. Partindo dessa premissa, Angélica tratou de obedecer, embora p da vida, mas que jeito, se ela amava de verdade o canalha do Piranhudo.
Como não conseguia conciliar o sono, Angélica teve o ciúme aguçado e resolveu que iria dar um tremendo flagrante no cretino. Levantou-se, tomou um bom banho, perfumou-se, vestiu uma antiga fantasia de afegã (com
burca e tudo) e se mandou para a sede do "Me Engana Que eu Gosto", onde o canalha devia estar botando pra quebrar.
Mal entrou no salão, lá estava o zorro, atracado a uma exuberante mulata, entregues a uma pá de beijos, amassas e bulinações. Imediatamente Angélica deu cartão vermelho à mulatona e atacou com tanta disposição que, após uma série de apertões, beliscões, beijos e abraços, o zorro resolveu partir para os finalmentes, levando a linda afegã para um local ermo, fora do salão, onde, minutos após, completamente ouriçado, deu-lhe um tremendo créu, que seria repetido por mais duas vezes.
Logo depois, Angélica se mandou para casa, onde aguardaria o safado Piranhudo e lhe daria uma tremenda dura, exigindo uma explicação para tanta sacanagem. Ao chegar, o safado foi logo interrogado pela mulher e, com voz sussurrante, respondeu: "Amor, não queira nem saber, tive uma terrível dor de cabeça, resolvi ficar jogando cartas e emprestei a fantasia para o amigo Trolha que ao devolvê-la disse que se divertiu a valer, com uma piranha fantasiada de afegã que pintou na área".
É mole ou quer mais?